Ao meu amigo já morto
Ao meu amigo já morto
Agora dorme na pedra gelada
Seu corpo já virado em pó
Fragmentos do que um dia foi humano
Sua lembrança
Ainda prevalece sua existência
Vida maldita arrancas-te meu irmão
Destino?
De sua natureza tirana
Eis que os mortos não voltam
Voltam suas lembranças em mentes
Lembranças felizes como o luar
Seus olhos, seu sorriso que agora dorme intrêmulo
Dor de meu passado, uma nesga de solidão e choro
Nessa noite, dormem minha lembrança renasce
Dama da morte, dama da solidão
A morte que agora levou-te
Ao desconhecido e impactante pós morte
Talvez um dia te veste ?
Uma alucinação previa do passado
Alma que agora dorme vive em paz ?
Meu irmão, meu irmão
Durma mesmo não tendo carne
Ao meu amigo já morto
Descanse