A estação das almas

O sussurro da noite em teus lábios guardados;

Taciturnos estávamos e juntos caminhávamos...

Apreciávamos a neblina fria, que os prédios envolvia.

Na estação de almas uma pálida face avistastes...

Uma lívida alma que acompanhastes,

Nos teus olhos habitou o olhar profundo, envoltos por mistérios ocultos.

Intensos, e tua alma nada revelava...

O expressar dessa realidade, com palavras amontoado tornou-se,

Elas estão inatas e letárgicas, não pronunciadas...

Como na estação das almas, como se o vento tocasse o coração,

Extasiado o Silêncio enlaçou o mundo em sua amplidão...

As estrelas escondidas no céu, a lua entorpecida por detrás de cinzas nuvens;

Esculpida foi essa a moldura da tênue linha entre o encanto e a despedida infortuna...

Por um último beijo foram selados e pela escuridão contemplados.

18/02/19

Júlia Trevas
Enviado por Júlia Trevas em 05/03/2019
Código do texto: T6590177
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