Ao menos um de nós

Habito a solidão, a solidão dos meus versos

Neles invento, aumento e até minto, não ligo...

Minha casa é a sombria noite fria, um subverso

Onde sonhos e pesadelos são filhos que abrigo

A solidão não é companhia, é a estrutura do meu lar

São colunas e vigas que sustentam o meu ser

São pais, mães e filhos que eu quis adotar

São universos inteiros em palavras pra se ler

Habito a solidão e ela habita em mim

Eternamente juntos, diariamente sós

E quando talvez um dia chegar o fim

Ainda assim existirá ao menos um de nós

Dan Pérignon
Enviado por Dan Pérignon em 01/09/2020
Reeditado em 02/09/2020
Código do texto: T7052219
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