A Lua Sombria

Os ventos estão soprando sinistras melodias

A noite se vai, as estrelas apagam

A lua escurecida morre em silêncio

Por toda a madrugada

Lamentos infinitos, recitados profundamente

Restam os maus agouros

Que nascem na penumbra

Onde permanece todo o vazio

Armadilhas constantes, fantasmas esquecidos

O medo faz sentido

O aperto no coração, as lágrimas do fim

Não procure pelo paraíso perdido na noite

Ele não existe

Juramentos deixados para trás

Afogados e perdidos na neblina

O sussurrar de belos versos

Apagados por gelados tormentos

Pelos uivos de dor das almas condenadas a vagar na noite

Mostre-me sua face, lua da escuridão

Seus olhos sombrios

Deixe sua beleza imortal desesperar os sonhos

Os infelizes sonhos

Que acabam sempre sendo esquecidos

Pelas infinitas trilhas da escuridão

Sombras passadas sempre voltam.

Poemas Mortos
Enviado por Poemas Mortos em 30/11/2022
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