Lágrimas de Sangue

Em meio à penumbra, onde o luar se esconde,

Num castelo antigo, sombrio, meu espírito responde.

Às notas fúnebres de um órgão ancestral,

o meu ser se entrega ao gótico, fatal.

As trevas são meu refúgio, a noite minha amante,

Nas sombras dançam espectros, um cortejo errante.

As estátuas de mármore, rostos pálidos e frios,

Guardiãs silenciosas, inertes, de segredos mil.

Em cada canto, segredos sepultados,

Nas tapeçarias antigas, enigmas revelados.

As velas tremem, em uma dança sem som,

No mundo gótico, onde o tempo é um tom.

Lágrimas de sangue, em rosas de veludo negro,

O eco de suspiros perdidos, um antigo deus grego.

No espelho embaçado, meu reflexo é incerto,

Na melancolia profunda, o meu coração, deserto.

Assim, no reino do gótico, onde o mistério persiste,

Minha alma mergulha bem fundo, na escuridão que existe.

No poema erudito, minha dor se revela,

No abismo da alma, onde a morte é bela.

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Junior Omni - 2023

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JUNIOR OMNI
Enviado por JUNIOR OMNI em 28/10/2023
Código do texto: T7919288
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