LABIRINTITE

(Por Erick Bernardes)

No labirinto escuro e sombrio,

o Minotauro sou eu-outro soberano,

sua fúria é como um curso de rio,

devorando em mim o humano.

Sob os olhos do touro, essa besta,

o herói busca com coragem e astúcia,

mas o vida é cruel e funesta:

a fera voraz me conhece a minúcia.

Labirinto emaranhado de engano,

onde a esperança perde-se no caminho,

o Minotauro, ser cruel e insano,

espera infligir o furor feito espinho.

Na interior não há luz a brilhar,

Ariadne por um fio corta o tendão,

sem ajuda o herói erra o olhar,

no labirinto o Minotauro vence, então.