Vestígios no vento

Silêncio, silêncio Maria chorou,

Chora por quem se foi,

Sofre por aquele que partiu.

Parte quem já sorriu,

Fica quem sente saudades.

A dor da saudade remoe no peito,

Remoendo a angústia e a solidão.

Solidão triste que desvanece,

A alma de quem se desfaz ao passado.

A amargura só trás tristeza líquida,

A saudade é um vírus liquefeito,

Adentra o corpo de mansinho,

Instalando-se no peito com carinho.

A dor que trás a saudade é cinza,

Desbotada de vida e fulgor.

Saudade que vem numa lágrima,

Dor que chega sorrateira,

Desejo de encontro que nunca termina.

Assim é a saudade que sente Maria,

Maria de um tal Adalberto,

Homem trabalhador, certo e correto.

Um dia por certo brigaram à céu aberto,

E assim findou um tal amor,

Só saudade, lágrimas e dor a Maria

[ deixou.

Onde ouvi a história? Cantigas que o

[ vento ensinou.

Dart o Gótico
Enviado por Dart o Gótico em 18/03/2024
Código do texto: T8022263
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