Rio Vermelho

O vidro antes espelho

Agora é caco que fere

Canalizando rio vermelho

Na insaciável frágil pele

E o punhal cravado em seu peito

Antes era rosa perfumada

Que aromatizava seu leito

Era tudo que você amava

Agora que jaz perdida no umbral

Busca em uma prece desacreditada

Um momento anterior ao seu funeral

Um tempo que você era amada

Sua morte me deixou perdido

Enquanto perambula pelo inferno

Eu inconsolável choro escondido

No meu coração é inverno