Na torre sombria do meu coração,
Juramos amor, um laço de eterna paixão.
Mas o destino cruel, em sua trama ardilosa,
Roubou-te de mim, ó doce rosa.
Eu permaneço, solitária, em meu castelo,
O eco dos teus sussurros ainda ressoa,
Onde as sombras dançam ao vento, sem apelo.
Em cada canto, em cada hora que ecoa
O tempo passa, e eu aguardo, paciente,
Até que numa noite, sob um céu sem lua,
Entre muralhas de tristeza e lamento ardente.
Vejo-te retornar, minha alma já nua.
Teu espectro, envolto em mistério e dor,
É eterno, profundo, mais forte que tudo.
Atravessa o véu da morte, sem temor.
Amor, agora além das fronteiras do mundo,
Juro-te, amado, nesta noite de névoa e bruma,
No castelo de meu peito, és sempre bem-vindo
Que mesmo na morte, nossa chama nunca se esfuma.
Meu amor, minha sina, até o fim infindo.