Muralha da china

No extremo solo que simboliza seu

árduo espaço ferrero ao vento,

sobrepõem este exército crítico

da estrela viva do seu célebre tormento.

Aos mugidos de dor extrema

sua luz não está em sí vinculada,

sabendo-se que neste ato em dilema

contraem-se no seu espaço desta haste suprema.

Paralisa-se a sua crítica fuzilada em vida,

sabendo que, não se acha em seu espaço a verdade,

nem mesmo a estrela da coragem celeste,

pois resaltando esta força incabulada,

deságua na visão da morte em seu rosto aguçada.

Nesta muralha da china,

o seu escasso ato de dor deserda a beleza,

recusando a sua liberdade, que não se detém

dentre as ruas da brisa púrpura da sociedade,

que no entanto, seu regresso apolítico simplesmente

a si mesmo sua fonte inútil da vida se contém.

jesse ribeiro felix
Enviado por jesse ribeiro felix em 11/12/2010
Reeditado em 30/12/2010
Código do texto: T2665903
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