Teatro do esquecimento

O vento passeava pelas ruínas

Admirando a arquitetura dos escombros.

Encontrou os antigos e secos moradores.

Os cumprimentou, como é de praxe.

Uma moldura, até então desapercebida,

intriga o visitante.

O tempo da alegria, da saúde, da vida.

Mas onde está a pequena?

Terá sido ela o motivo de tudo isso?

Sorrisos partidos, vozes caladas.

Quem poderá responder?

Quem poderá saber o que aconteceu aqui?

Talvez aquela planta tímida crescendo na rachadura.

Não, ela não.

Seu adubo é o passado, mas sua vida é o hoje.

Não encontrando resposta

O visitante se vai como brisa melancólica.

Vinicius AA
Enviado por Vinicius AA em 19/07/2012
Reeditado em 22/08/2012
Código do texto: T3787060
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