Na memória
Revirava as gavetas.
Encontrava poemas escritos
em guardanapos de papel.
Guardei raras palavras
fisgada em dicionários
antigos.
Anotava com lápis
e caneta Bic. Hoje
deslizam os dedos
nos teclados...
Acelerados
escrevem pão, água, vinho,
amor, ódio, política e Arte.
Aguardo a edição dos livros
guardados na memória
do computador.