Infinito de dentro
Eu sou demasiadamente complexo
Para ser descrito como um sabor só.
Sal, doce, azedo, amargo; reflexo...
Dó, re, mi, fá, sol, lá, si, dó.
Na infinitude de desejos e medos,
Eu acabo sendo yin e yang.
Sou feito de tardio e cedo;
De água, sentimentos, sangue...
Por isso não tente me codificar,
Pois seria inútil a tentativa.
Tampouco tente me definir,
Nem crie qualquer expectativa.
Sou complexo demais pra isso.
Sou como o vento lá fora,
Que de maneira imprevisível
Rompe o agora e vai embora.