Pátria Amada

Sou tua mãe Pátria, aquela que em um hino,

por seus filhos, se diz ser amada.

Mas meu céu, outrora límpido, está poluído.

Por força de um falso progresso,

Minhas verdes formas são perdidas,

cruelmente devastadas e queimadas,

Minhas riquezas já não são tão abundantes,

Minas, rios e terras são tornados estéreis.

Meu garbo, outrora juvenil, sucumbe

Diante da violência, da vergonha da fome

que mata meus filhos e da que corrompe

a alma em busca de poder.

Minha grandeza não brilha porque mingua

Entre leis não cumpridas.

Não sei o que será de ti meu menino.

Tua herança está sendo destruída,

Esta tua mãe agoniza lentamente,

Mas, mesmo assim, ainda sopra em mim

um vento de esperança.

Vento que espero de ti,

Da voz de tua consciência,

na frágil esperança que a razão

seja mais forte que a ambição,

salvando o que resta desta que padece,

para poder outra vez ser realmente,

como sou no hino evocada:

Pátria Amada Brasil!

Regina SantAnna
Enviado por Regina SantAnna em 26/05/2006
Código do texto: T163087