O jovem. Memória do irmão 64
Ela viúva, só queria-nos um futuro brilhante
Ele, irmão, correto, talentoso e iluminado
Ela morreria por nós insanamente
Nos ali íamos levando e sonhando
Sem querer sessenta e quatro surrou-nos
Nossas palavras foram surdas silenciando
Perdidos e forçados a engolir toda a pinga
O promissor poeta não se calara, disse que “agente vai levando”.
Assim fomos rebaixados como formigas, oprimidos.
Mas em uma manha não éramos mais família
Sem ninguém ver ele meu irmão não quis esperar
Tolo, sonhou que venceria todo o mundo até o fundo
Entrou com Deus, e a roda viva inteira rubro
Correu, nem pensou em mim nem nela nossa genetriz
Apenas respirou um sentimento único, da pátria infeliz.
Gritou suas dores e sem notar foi calado e enterrado
Destarte o brilho jovem eterno perpetua pelas verdes matas
Acredito prevalecer o sentimento de liberdade perene
Daqueles irmãos que esqueceram suas mães criadoras
Para lutar pela pátria mãe gentil, chamada Brasil