Republiqueta de banana

Ornitorrincos, em suas máquinas aéreas,

planam sobre mim,

enquanto canários belgas destroem

seus viveiros com um canto novo.

Eu, trêmulo, de medo, avisto a bandeira

do Brasil tremulando na trêmula haste.

O segundo sol?

Não...

Quantos sóis veremos chegar

até que demos a corda de se enforcar

ao último que bater a porta

e desligar a luz?

Republiqueta de banana...

Teus são os olhos

de quem a terra há de comer?

Ou são olhos vendidos

para pagar impostos

de preços com o preço do olho da cara?

Brasil... ó meu Brasil

de terras verdejantes

e corrupção, ainda maior do que o verde.

Quem terá pena de ti

quando cair o pano

do teatro do mundo, cruel mundo?

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 16/11/2013
Reeditado em 16/11/2013
Código do texto: T4573549
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