Quadro: A liberdade guia o povo, de Eugéne Delacroix, 1830.

"A pacatez medíocre e o miserável

modo de vida dos franceses se

dissipou para o ressurgir de uma

nova ordem

A insensatez pereceu para dar

espaço aos Três Dias Gloriosos, e

o superego do rei refutado de

forma desdém

O caos parisiense deixa de ter um

fim obscuro para o esplandecer

da expectativa de um bem de

desejo

Extirpar a essência de Maquiavel

no sistema de governo e dar um

hodierno de leis conforme o

ensejo

As barricadas cessam o tráfego

dos transeuntes e abrem caminho

para os insurgente avançarem

com suas armas

De um lado o petiz revoltado,

armado com a pedra maciça, do

outro, um jovem com pistolas para

empunhá-las

Um camponês portando um

venábulo se firma sob os

cadáveres sem saber o que vai

acontecer por diante

Ao lado, uma moça com o torso

nu ergue um fuzil e a bandeira

tricolor seguindo seus passos

rumo a liberdade triunfante

Os glacês castanhos com bege

avermelhada exalam tensão nos

conflitos entre soldados com os

bravos

Em contrapartida com o glacê

alaranjado e grãos vermelhos que

dão origem a conquista de não

serem escravos

A bela pintura de Delacroix em

Notre-Dame como símbolo do

povo embelezou as obras de Vitor

Hugo sobre a catedral

Sob o ponto mais alto da

suntuosa igreja subleva uma

bandeira que trás oxigênio à uma

nova esperança

Em cima dos mortos segue com

êxito o erotismo ligado a morte,

vidas tiverem um custo para o

renascer da França

A mulher desnuda acima dos

corpos sucumbidos eis uma

singela representação da alegoria

de liberdade

Vislumbradas nas esculturas de

Michelangelo, o ser com os

braços aprumados impõe a

alacridade"

Moraes IV
Enviado por Moraes IV em 17/12/2014
Código do texto: T5072636
Classificação de conteúdo: seguro