A Nave
Nave flamejante de céu pujante
Bateu nas estrelas
Tropeçou na lua
Ficou nua!
Calma! A vida é crua!
Nossa que brilho intenso na luz da manhã
É aquela nave?
Oh! Que colosso!
Neste maldito século
Sou apenas um palhaço neste circo de tétano!
Oh! Que anormal!
Ela vindo dentre nuvens d’alvorada
Cheira como doces d’ambrosia
Mas o que será?
Mas quem será?
Nesta nave carrega minha amada?
Ou escudo da minha pátria amada?
Ao descer da nave de cobre
Um ser vestido e tão nobre
Tem o dom de aquietar
Acordo na minha bancada
Foi uma ilusão a se explanar
O que era a nave?
Quem desceu daquela nave?
Olho o céu e avisto
O mesmo céu pujante
Mas era só um pássaro cantante.