CARAS E GLUTEOS

Existem indivíduos sem cara.

E gente com caras de glúteo.

Uns fazem bocas e caras.

Outros têm o glúteo na cara.

De glúteos e caras faz-se um arquétipo.

De inversos valores – contra-poesia.

Esconde-se a verdade, vende-se a fantasia.

Complexo de Édipo (...) e mente vazia!

É tanto glúteo sem cara, que já nem mais sei.

Se deu glúteo ou cara quando a moeda, joguei!

Por falar em glúteo – à cara sem cara (...)

Parece ser a cara visível, de quem se escondeu.

No invisível sofisma de quem se perdeu.

Quem vê só cara, não tem opção.

Quem tem o glúteo na cara, não vê coração.

Coração não tem cara! E glúteo? (...) Sei não!

São tantas as caras (...) perdi a noção!

Cara pálida, cara de índio, cara de pau

Cara de B. (Piii), cara pintada, cara de mau

Grita índio! (...) Fica pelado!

Sopra o apito! (...) Volta ao normal.

São tantas as B. (Piii)

Pra que escrever? (...)

Num país só de BUNDAS (desculpe, num agüentei),

Ninguém mais sabe ler.

Espero então! (...)

Num tem pressa não!

O dia em que as caras suplantem as bundas (Não pesso mais desculpas).

Aí, leremos Cecilias, Marinas e Coras...

E não mais Raimundas!