Retorno. Botafogo, Copacabana.

Vejo-me continuamente anelando

Que, por necessidade da esperança,

Escondam-se as procelas numa trança

Dos meus cabelos e orvalhem outrora

Quando em concreto ouvirem-me chorando

De olhos nas conchas, tímidas lembranças,

No ermo leito pago de mi'nfância...

Onde é nato à garoa -- não agora!

Agora não! Que o instante é eterno, é lindo!

E sutíl quando apea-me girando

Entre as rochas, cortiços cardo-santos,

Construções pareadas, palacetes(...)

Ai! Que graça divina se eu morresse

No instante em que, triste, fui-me embora.