Poeira e Lagrimas

Uns e outros cabras machos e filhos da peste

No chão rachado de sol, varados de fome

Nem mesmo uma nuvem no azul celeste

Somente a sede a espiar os sem nome

Que se enveredam alem do agreste

Enfeitando o dia, abutre a planar

E veio sereno esse tal conselheiro

Que num sonho lindo veio nos juntar

Deixando a herança de um povo guerreiro

Na fé devota de quem só quer trabalhar

E tão indolente a republica faz aceiro

Pregando a mentira de envergonhar.

Volante vazia em decerto penar

Desvairados lanceiros em sina de morte

Pousam derradeiros a anunciar

Mitos e lendas cumprindo a sorte

Num deserto de mundo de muito pesar

Com muita contenda para se travar.

Semblante vazio e profundo desejo

Cortando veredas e léguas tamanhas

Distante do mundo num triste lampejo

Calando a sina em rimas medonhas

Vorazes prosas e versos andejo

Em que a sorte tirana vem espiar.

Poesia Musicada por meu Parceiro Recantista Arauto das Artes.