carretas mortas

como as carretas morrem

no fundo dos quintais

das cidades interioranas

onde a necessidade já reclama

um veiculo mais veloz

foi-se o tempo em que a voz

comandava cada boi

hoje esse tempo já se foi

para cada um de nos

agora é tudo transportado

no lombo de um caminhão importado

que veio de outro pais

quantas viagens já fiz

entre o meu coração e o teu

levando e trazendo o dia que amanheceu

o caminho ainda conservava a geada

o inverno desenhava na estrada

o famtasma de uma carreta

onde um boi de cara preta

morreu durante a viagem

hoje refazendo essa imagem

esse tempo reapareceu

e consertei minha carreta

outro boi de cara preta

vai levar voce e eu