Carta para um Menestrel

Carta para um menestrel

Nossa língua máter tupi-guarani

Gramática nenhuma nunca irá sumcubir

Minhas palavras rudes do meu rico sertão

Não sei se é meu dialeto essa expressão

Sei que o caboclo compreende sem distinção

Poesia de quintal num sábado de violão

Companheiros da cultura cantando o saber

Sendo de samba ou de rock nosso canto não vai morrer

Se a prosa é mineira,tem Elomar na caatingueira

Se o Véi é do Rio a água resplandesce na cachoeira

Rosana encantada com o alazão voando com o mestre Vieira

Planalto de braços abertos acalantando essa raça tropeira

Nostalgia de Padre Palmeira e do grande Maneca Moreira

Vieira foi lá no mercado e conheceu a nossa feira

Minha poesia de versos livres e sinceros

Exalta o sertão no galope e no martelo

Fazendo sair do trono Virgulino e D.Climério

Mas desse sertão os Gonçalves não teve dó

Fez voar das margens do Verruga os destemidos Mongoiós

Urias Arifa
Enviado por Urias Arifa em 09/07/2011
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