Carta para um Menestrel
Carta para um menestrel
Nossa língua máter tupi-guarani
Gramática nenhuma nunca irá sumcubir
Minhas palavras rudes do meu rico sertão
Não sei se é meu dialeto essa expressão
Sei que o caboclo compreende sem distinção
Poesia de quintal num sábado de violão
Companheiros da cultura cantando o saber
Sendo de samba ou de rock nosso canto não vai morrer
Se a prosa é mineira,tem Elomar na caatingueira
Se o Véi é do Rio a água resplandesce na cachoeira
Rosana encantada com o alazão voando com o mestre Vieira
Planalto de braços abertos acalantando essa raça tropeira
Nostalgia de Padre Palmeira e do grande Maneca Moreira
Vieira foi lá no mercado e conheceu a nossa feira
Minha poesia de versos livres e sinceros
Exalta o sertão no galope e no martelo
Fazendo sair do trono Virgulino e D.Climério
Mas desse sertão os Gonçalves não teve dó
Fez voar das margens do Verruga os destemidos Mongoiós