Não conto bacaba nesse poema
Eu me embiocava de cima do flutuante
Já fui cunhatã brincante.
As vezes eu ficava com desmentidura e espinhela caída
Mas minha mãe me curava com andiroba e copaíba
Rezavam na minha moleira
Quando eu ficava com leseira...
Comia farinha com Pacú e  jaraquí
Comia farinha até com piquí...
Hidroviária o escambal!
Na minha época era o ‘’ródo’’
Eita que a gente saía de lá bossal...
Não nado com boto nem a pau!
Se ele me embuchar
Minha mãe vai me malinar.
Só entro no rio para tirar a tuíra
Mas aproveito e brinco de pira...
Mangavam de mim dizendo que eu parecia uma mutuca
Que espantava até a mucura...
Eu ficava arretada
Ameaçava até dar remada...
Pensa que tinha algum gaiato e vim me triscar?
Ma rapá, Nem com nojo! E nem venha frescar...
De rocha, esse poema é uma homenagem
Só não me venha com fuleragem
Dizendo que tu não riu
Lembrando quando se asseava dentro do rio...


** Homenagem a todos os Manauaras. Manaus completa hoje 342 anos. Parabéns Manaus!!!
Yana B
Enviado por Yana B em 24/10/2011
Código do texto: T3294900
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