VERSOS DE AMOR

Frases de todos alfarrábios

As pus num erudito poema

A beleza da índia Iracema

Enigma de homens muitos sábios

O encanto do bulício dos teus lábios

Da boca de um rosto encantador

Contém o néctar eterno de uma flor

Perante os arcanjos sapientes

As palavras não são suficientes

Para dizer como é grande o meu amor.

A grandeza de vossa formosura

Provinda do paraíso celeste

Pois, o manto real que lhe reveste

Encobre a mais bela criatura

Querubim dos céus da candelura

Escupido pelas mãos do criador

Teus lábios rosáceos contém o sabor

Do néctar das rosas salientes

As palavras não são suficientes

Para dizer como é grande o meu amor.

Palavras do grande ideário

Dizem formas, pura e bela.

Encanto esbelto do corpo dela

Como estatua no altar do santuário

Todas as frases que tem o dicionário

Não definem sequer o seu valor

Por que tu és a mais superior

Que todos os seres existentes

As palavras não são suficientes

Para dizer como é grande o meu amor.

No corcel celeste ela cavalga

No píncaro, por toda eternidade.

Os espaços do vácuo da imensidade

Alegram-se ao vê-la esta fidalga

As glórias da vida ela galga

Num unicórnio fantástico e voador

No tabernáculo sidéreo edificador

Levam-lhe a reinos transcendentes

As palavras não são suficientes

Para dizer como é grande o meu amor.

Tu és semelhante a um tesouro

Enterrado mas mais remotas ilhas

Encoberto de vida e maravilhas

Com uma coroa luminosa de ouro

Anjo dos céus divino e louro

Com um poder supremo e arrebatador

Sobre o homem que lhe é inferior

A teus reinos azuis, proeminentes.

As palavras não são suficientes

Para dizer como é grande o meu amor.

Uma santa no altar da capela

Canonizada na arca da aliança

Uma virgem santíssima na pujança

Pura, divina, meiga e bela.

Eu romântico imploro aos pés dela

Ela é imune ao sofrimento e a dor

Eu tão reles e simplório pecador

Contemplado a brancura dos seus dentes

As palavras não são suficientes

Para dizer como é grande o meu amor.

A pele é macia da cor de rosa

Rosto belo meigo e sublime

Todo homem do mundo se redime

A beleza da deusa poderosa

Olhos azuis a carne é perfumosa

Borboleta imortal e multicor

Jesus que é o nosso salvador

Santifiquo-a com poderes eloquentes

As palavras não são suficientes

Para dizer como é grande o meu amor.

Uma santa no altar de pedra

Na vossa aréola musas inquietas

Inspiração transcendental dos poetas

Da antiga cidade lá de Fedra

Miguel de Cervantes Savedra

Poeta espanhol cortejador

Definiu num soneto o esplendor

Do azul dos seus olhos transparentes

As palavras não são suficientes

Para dizer como é grande o meu amor.

Na basílica de Pedro vê-se a santa

No altar mor por Deus canonizada

Uma coroa de ouro e tão sagrada

Na fronte dela se agiganta

Todo homem ao vê-la se encanta

Com a imagem de eterno esplendor

As mãos de Deus o redentor

Pôs-lhe sobre todos os viventes

As palavras não são suficientes

Para dizer como é grande o meu amor.

Vênus de Michelangelo Bonarotte,

Esculpida pelas mãos da natureza,

Vossos lábios virgens de princesa,

Do coração do grande Lancelot,

Ducinéia do guerreiro Dom Quixote,

Dinamene de Camões o trovador,

Julieta de Shakespeare o escritor,

E a santa de todos os homens crentes,

As palavras não são suficientes,

Para dizer como é grande o meu amor.

José Turflay Albuquerque
Enviado por José Turflay Albuquerque em 13/12/2011
Reeditado em 22/06/2015
Código do texto: T3386929
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