Poema orgânico sobre a Central do Brasil

Os trens chegam na estação da Central

e as pessoas vão se dispersando

Umas vão a algum ponto final,

outras andam a variados cantos.

Há quem pegue também o metrô,

há quem trabalhe como camelô.

Não sei quem são ou aonde vão,

só sei que neste local estão.

Há gente de tudo que é tipo:

advogado, frentista ou mendigo.

É uma baderna, uma multidão!

Do lado de fora, só lixo no chão!

[sem falar do cheiro de mijo]

Ali se anda de olho na bolsa,

se esquivando pra não levar um esbarro

nem pisar em nenhuma poça

e nem tropeçar em um inesperado buraco.

Mas creio que um dia talvez

a Central fique bom de se passar.

O povo precisa ter a sua vez.

Deste jeito, não dá pra ficar!

Perle
Enviado por Perle em 03/08/2012
Reeditado em 05/08/2012
Código do texto: T3812015
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