Poema orgânico sobre a Central do Brasil
Os trens chegam na estação da Central
e as pessoas vão se dispersando
Umas vão a algum ponto final,
outras andam a variados cantos.
Há quem pegue também o metrô,
há quem trabalhe como camelô.
Não sei quem são ou aonde vão,
só sei que neste local estão.
Há gente de tudo que é tipo:
advogado, frentista ou mendigo.
É uma baderna, uma multidão!
Do lado de fora, só lixo no chão!
[sem falar do cheiro de mijo]
Ali se anda de olho na bolsa,
se esquivando pra não levar um esbarro
nem pisar em nenhuma poça
e nem tropeçar em um inesperado buraco.
Mas creio que um dia talvez
a Central fique bom de se passar.
O povo precisa ter a sua vez.
Deste jeito, não dá pra ficar!