O vaqueiro e o boi brabo

Vou domar esse boi

Agarrar esse boi

Segurar pelo rabo

Derrubar esse boi

Ele é muito brabo

Sou peão, sou vaqueiro

Eu sou lá do Sertão

Profissão sem vaidade

Sei lavrar com vontade

Fazendo calo nas mãos

De manhã, com o sol

Eu acordo cedinho

Fogão à lenha, abrasado

Fervendo àquele café

A tomar bem quentinho

Faço as minhas orações

Para a Nossa Senhora

O gibão vou vestir

No cavalo ligeiro, vaquejar

Sair pela campina sem hora de voltar

Na fazenda do patrão

O boi brabo vou laçar

Esse boi é muito macho

Mas dele eu não desfaço

Sem dever o machucar

Na mata fechada vou correr

Por entre flores e espinhos

Mas o meu prêmio virá

Após calor e sede passar

Por dificuldades no caminho

Atrás do boi brabo, comi poeira

E no ramo da catingueira

O boi brabo se enroscou

Berrou, saiu, correu

E mais alto que o mourão, ele pulou

Perto desse boi brabo

Dá mesmo medo chegar

Mas com fé e motivação

E com Deus no coração

Esse boi eu vou pegar

George Lemos
Enviado por George Lemos em 22/05/2013
Reeditado em 22/05/2013
Código do texto: T4304085
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