Seus Balões de Esperanças Incendiaram-se no Ar. Canto 1º
i
Marte king, lutou tanto,
Defendendo os negros sofridos.
Lá nos Estados Unidos
Contra as lágrimas do pranto
Para unir em todo canto.
Negro e branco no lugar,
Mas; o mal veio reinar
Nas faces das semelhanças,
Seus balões de esperanças
Incendiaram-se no ar.
ii
Santo Dumont foi feliz
Vôo no sonho maior
No aeroplano ao redor
Da Torre Eiffel, em Paris,
Chamado, Quatorze Bis,
Mas não pode imaginar
Que os homens fossem lhe usar
Para as guerras das vinganças,
Seus balões de esperanças
Incendiaram-se no ar.
iii
Senhor Luiz Guarabira
Perde duas eleições
O povo elegeu os ladrões
Para viver na mentira
Juripiraga delira
Neste péssimo patamar
Luiz deveria galgar
Mas, perdeu as vereanças
Seus balões de esperanças
Incendiaram-se no ar.
iv
Um sonho azul descortina
Para Ernesto Guevara
Prega uma revolução rara
Em toda América- latina
O exército lhe assassina
Antes de revolucionar
Bolívia foi o lugar
Que terminou as andanças
Seus balões de esperanças
Incendiaram-se no ar.
v
Carlos prestes, outrora.
Pregava a luz marxista
Do estado comunista
Juarez Távora aprimora
Andam de Brasil afora
Com as tropas a penar
Getulio manda os caçar
Nas escuras vizinhanças
Seus balões de esperanças
Incendiaram-se no ar.
vi
O jurista Ruy Barbosa
Quatro vezes candidato
Foi derrotada de fato
Pela força facciosa
Mas a expressão verbosa
Na tribuna Poe-se a orar
Contra o velho lupanar
Daquelas corruptas danças
Seus balões de esperanças
Incendiaram-se no ar.
vii
Getulio entrega Olga
Para a Alemanha nazista
Prestes o socialista
Para libertá-la roga
A polícia o interroga
Logo após de lhe trancar
O homem sentiu findar
Todas as verossimilhanças
Seus balões de esperanças
Incendiaram-se no ar.
viii
Castelo Branco compõe
A cúpula alta dos caudilhos
Impuseram-lhe empecilhos
Os quais se sobrepõe
Com as próprias mãos pôe
A ditadura militar
Humberto de Alencar
Morre sem ter seguranças
Seus balões de esperanças
Incendiaram-se no ar.
ix
Endira Gandhi humana
Sofre uma ação sinistra
Como primeira ministra
Pois, da nação indiana
A Mão fria é tirana
Que executa vulgar
Uma princesa salutar
Pondo fim as pujanças
Seus balões de esperanças
Incendiaram-se no ar.
x
Francisco Mendes defendia
A existência das florestas
Contra as ações funestas
Da mais cruel covardia
Assassinaram-lhe quem diria
Que a arvora milenar
Um dia fosse tombar
Com aquelas grandes bonanças
Seus balões de esperanças
Incendiaram-se no ar.