O POÇO DO OLHO D’ÁGUA DO FRADE

No sertão castigado pelas secas

Esconde-se uma beleza natural,

O sítio Olho d’água do Frade,

Guarda, assim, um manancial.

Rodeado de grandes árvores

Está o poço do Olho d’água,

Segundo a lenda, nunca seca

Mesmo nas secas mais árduas!

Circundado por grandes pedras

Minimamente articuladas, tais,

Para proteger aquela paisagem

E para matar a sede dos animais

Na rara e bela paisagem natural

"Brota" uma pequenina cachoeira,

Lenda viva na mente do povo

Nazarezinhense, sob uma pedreira.

O poço já serviu para alimentar,

Como fonte, aquela comunidade,

Mas o nível da água diminuía,

E os moradores, e arrabaldes

Decidiram preservar e trocar

A fonte de água para alimentar

O sistema de abastecimento,

Um patrimônio de todos de lá.

E, a paisagem linda e singular,

Como ponto turístico da região,

Reserva-se apenas aos moradores,

E os da cidade, como lazer, então.

O manancial é cercado de mistérios

Que perpetuam na forma de lendas

Populares repassadas de geração

Em geração, e para que entendas,

Conta a história de um pescador:

Que, este encontrara um caixão

Com ouros às margens do poço

E foi tanta a sua inglória ambição,

Sim, para tal e tal enriquecer-se,

Arreou alguns animais e, o caixão

Onírico, amarrou-o com correntes,

Mas, quando o tesouro era, quão

Deslocado, o homem proferia

Algumas palavras e, sem êxito,

Insultava que, ali, estava rico,

Sem, de fato, a Deus dar crédito

Calando-se, o caixote nas águas

Sumiu e os animais consigo...

Marcando e pautando a crença

Nas veias latentes do perigo!

No entanto, até os dias de hoje

Acredita-se, pois, veementemente

Que esse ou aquele caixão ainda

Encontra-se no poço, minha gente!

Poema adaptado: Francisco Galdino Filho, NAZAREZINHO-PB, em 03/07/2014.

Francisco Ohannah Oleanna Osannah Galdino
Enviado por Francisco Ohannah Oleanna Osannah Galdino em 03/07/2014
Reeditado em 06/09/2022
Código do texto: T4868377
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