Lá no interior

Bem longe da capital.
Havia um menino da vida.
Nunca pensou na avenida.

Esperto e vital.
Não conheceu o hospital.

Andou só.
Subiu no cipó.

Aprendeu a lição na escola.
A não dar mais esmola.
Viveu a maestria do verso.
Sem saber o que era universo.

A sabedoria era a sua mãe.
O destino era o seu pai.
A agilidade era sua irmã.
Robustez era seu irmão.

Menino de fibra e realização.
Nada de medo e ostentação.
Fez o que era pra fazer.
Com todo gozo e prazer.

Entregou-se por inteiro
Sem ao menos conhecer o dinheiro.
Rendeu-se ao amor da vida plena.
Sem ao menos abandonar a pena.

O tempo passou e nada mais.
A história continua demais.
Hoje o menino eterno tornou.
O vilarejo desabrochou.

 
Valmir Silva
Enviado por Valmir Silva em 08/07/2014
Código do texto: T4873997
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