PENEDO

Minha cidade dorme.

Dorme sem leito e fatigada.

Minha cidade padece aos poucos,

Quase sem esperanças.

Minha cidade encanta

Mas já não canta.

Ela chora e entumece meu coração.

O velho, e amigo Chico também sofrido,

Canta ao banhar teus pés de pedras,

Acalentando teus sonhos adormecidos.

Ah, minha querida cidade...

Lembro de você quando pequena.

Tão grande dizia eu,

Quando pequeno andava aqui.

Não pude ficar longe de você.

Voltei e mais me encantas:

Teus sobrados, tuas igrejas,

Tuas ruas de pedras, teus becos

E o contato com o velho Chico.

És meu encanto, meu refúgio de pedras

Que me encanta.

Que me faz adormecer e acordar,

Ao som do velho Chico

Autor: Lúcio

Lúcio
Enviado por Lúcio em 24/05/2018
Código do texto: T6345548
Classificação de conteúdo: seguro