NOITE DOS AMANTES

A noite veio me apanhar

Engoliu-me com seu negro manto

Fez –me sentir os odores da mulher

Perfumes indescritíveis da fêmea no cio

Hormônios lambuzados de carícias

Carícias de pelos, de peles, sexo aflorado

Flores da noite embalando pecados de amantes

Amantes se dando, trocando sussurros nas brisas

Corpos extenuados, vibrantes, contagiados

Uma carne só,

sabores temperados com líquidos

Damas da noite, pirilampos, gemidos

A relva macia, a noite estrelada

Mãos e bocas selvagens, sugando o fruto,

beijando a flor

Sexo selvagem, o êxtase,

depois o namoro

O luar na clareira, murmúrios galantes

E a madrugada vai encontrar

sem procurar

Os enamorados,

os amantes num só corpo

Uma só carne brindando,

brincando simplesmente nus

Na inocente indecência

e nas delícias de fazer amor.

Guilhermino Domingues de Oliveira,

11 de julho de 2011.

Madalena Gomes
Enviado por Madalena Gomes em 14/09/2011
Código do texto: T3219648
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