Um Anjo

Vi um anjo.

Estava ajoelhado e nu.

Colocava-se ali para ser olhado.

Estava exposto.

Beleza compartilhada.

A sua volta,

uma bruma de candura.

Despertou-me desejos

de tocá-lo

de beijá-lo

de amá-lo

com meu corpo.

Era anjo!

Estava ali apenas para se mostrar.

Estava ali para ser contemplado.

Estava ali para inspirar o que a imaginação

quisesse fantasiar.

Seu corpo reluzia um amarelo

(do dourado ao bronzeado)

enquanto seus olhos espelhavam o Céu.

Inspirava desejos – telúrico;

Despertava sentimento – etéreo.

L.L. Bcena, 17/06/2000

POEMA 665 - CADERNO DOS ANJOS

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 27/12/2011
Código do texto: T3408633
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