CRATERA CONDENADA (Almany - 06/07/09)

Esse meu olho cego

que rebusca um refúgio,

se perde entre tantas,

mas que se encontra em uma

e de vez em quando derrama

uma porção de vida,

nessa cratera condenada

aos meus desmandos lascivos.

Atino, sem saber porque,

mas retorno por desejar,

o vinculo que em tudo há,

entre o desfrute e o afã.

Essa alternância no prepúcio

me leva a loucura das cobiças

e no cavalgar dessa excitação

quero viver as efemeridades

dessa proeminência provocada

chamada tesura...

Só há um caminho em mira,

que me leva ao ato em volúpia

e que de fato me renova,

pois mesmo consumindo meu fluir,

contenta a minha devassidão!