Cama de Amor

Poucos têm a graça.

Fui dignificado.

Tive um encontro

com o Anjo de Luz.

(Presenteou-me com o devaneio).

Abraçou-me,

dando-me em um único abraço

todos os abraços que eu carecia.

(Graçou-me com a Loucura).

Beijou-me,

dando-me um único beijo

todos os beijos que eu necessitava.

(Untou-me com o delírio).

Acariciou-me

dando-me em uma única carícia

todos os carinhos que eu precisava.

(Êxtase Pleno).

Tomou-me em vertigem

(Viagem de sacanagem).

Levou-me ao paraíso:

Cidade dos Loucos.

Deu-me

Mirra para lembrar-me,

Nardo para não ignorá-lo,

Incenso para chamá-lo

(quando eu desejar frenesi)

Quero sempre sentir

o seu cheiro,

o seu calor,

o seu ardor.

TORPOR.

Quero-lhe devolver a volúpia

em outro abraço,

em novo beijo,

com todo carinho.

Quero no reencontro lhe mostrar

o Éden Terrestre:

em toda extensão de meu sexo,

a cama de meu amor.

L.L. Bcena, 21/08/2000

POEMA 719 – CADERNO DOS ANJOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 23/02/2012
Código do texto: T3515176
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