Minha Volúpia

Quisera enfim dar-te o gozo,

Cerrar as pálpebras enlanguescidas

Recender teu suor vaporoso,

Entre estas tuas auréolas enrijecidas

Perdoa-me se na mocidade

Rasguei-te o véu em ébria insensatez

Deflorei a flora da virgindade

Corando essa sua embranquecida tez!

Vem mulher sentir minha doce paixão

Sob a luz ungida pela lua

Sufocar o peito em imensa devassidão

Caminhando pálida e nua

Era a visão dos amores imortais

Vagando nas sombras em rósea candura

Sufoquei-a nos lábios carnais,

Admirando sua perfeição de formosura!

Dá-me uma ultima vez,

Teu beijo envolto em impuro enleio,

Quero sentir tua timidez

Inflamar-se quando tocar-te este seio

Esse teu virginal aroma,

Fora o suor da volúpia por esta hora

Quando o céu se assoma

Com o prazer da lágrima que evapora

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 08/12/2012
Código do texto: T4026225
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