Visões,
Eternas Visões


Vi rios a correr na minha emoção,
Renovando-me sempiterno...
No mesmo curso novas todas as coisas
Se fizeram. Nada mais seria tal como era...

Vi sonhos alimentando a minha existência,
Aplacando em mim fomes eternas...
Mãos que, com precisão cirúrgica,
Teciam um ninho de amor: confortante,
Refulgente, delirante, irrequieto,
Era o meu amor aquecendo o meu inverno...

Não havia ali nenhum pesar.
De veludo nossos corpos parafraseavam
Shakespeare ao luar... Versos métricos tais:
Perdidos na imensidão de um olhar.

Não havia fome ali, senão de amor...
Não havia sede, a não ser de desejos...
E tudo transcendeu do imaginável
Para confissões metafísicas de nós...
Tudo tornou-se a ser mágico
Num plácido raio de luz...

Onde, desnudos, nossos corpos reluziam:
Carícias, volúpias, quimeras, arfar,
E tudo coube em nossas loucuras,
Naquele tempo "fermata" de amar.
..

 
Professor Daniel Silva
Enviado por Professor Daniel Silva em 23/11/2013
Reeditado em 23/11/2014
Código do texto: T4582743
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