Num toque sutil
No dorso o arrepio
Na derme que grita
O dedilhar de teus dedos
No corpo-poema
Dourado do sol
Moreno do norte...

Meus olhos negros
Que refletem
No firmamento
Do espelho o reflexo de ti,
Sinto o pincel flamejante
Que pinta o poema com a pena
Lapidada dos diamantes
Dos olhos cristalinos teus...
Reflexos de mim.

Num momento silabado
Pincelando teus versos
Pudico em meu corpo inteiro
No sentir o toque sutil
Das tuas letras encorpadas
Povoada de vida,
Desejo e prazer...

Ouço os fonemas
Que se fazem poemas
Conjugando o verbo
No mais puro querer
Do tecer tua pena
Na minha pele morena
Ao anoitecer...
Ray Nascimento
Enviado por Ray Nascimento em 26/02/2014
Reeditado em 26/02/2014
Código do texto: T4707510
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