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roçar na minha tua pele de pêssego,

Meu tesão se infla acende seu látego;

O ar se apressa num respiro sôfrego,

O sangue pede um encaixe bi-látero...

Esse brincar sério no Teu colo cálido,

Faz o anseio intenso da criança íntima;

Chora por mamar, um reclame válido,

rejeitado qual Dalit da cultura índica...

Ver teus seios acendendo a lâmpada,

diz , sua pele também arde anímica;

e repulsas uma espera tão estúpida,

Dados os cercos dessa galera cínica...

Vencer as barreiras foi escolha única.

Desejo não aceita um aponte tímido;

Além do mais, essa fogueira úmida,

Acende no olhar o seu facho vívido...

Quem sabe ler vê tal aponte fúlgido,

Que diz: eu quero, de um modo tácito;

Deixe-me amansar esse clamor túmido,

descanse no meu ombro seu gozo plácido...