AMOR AO AR LIVRE

A boca dela me dava água na boca

O cheiro dela: inebriava

Sem mesmo me conhecer, ela se fazia de louca

Juntava o cabelo no pescoço, mostrava a nuca e me excitava

O olhar lascivo que ela despejava

fulminava-me os olhos e eu parava

Irto, tremendo, excitado

Só me deixava de escolha: crime ou pecado?

Eu entrava em pânico para suportar a tentação

Que ao desabotoar a blusa os seios dela me tentavam

Quase inaudível ela entoava uma canção

E ao canto da sereia as estrelas iluminavam

Eu caminhava até ela sempre a dispensar a apresentação

Ela esperava sempre eu dominar seu corpo com fúria e tesão

Eu beijava os lábios dela, de suas ancas eu me apossava

Não demorava muito e o prazer nela eu despertava

E gozávamos momentos de paz naquela rua

Ao ar livre, com pessoas passando a contemplar a lua

Nem a chuva quando caia afogava minha mente que flutua

Sempre que ela aparece e me entorpece toda vez que se faz nua