SUGUEI TEU MEL...

Sentei no banco, sendo o réu,

julgado e simplesmente condenado,

por querer ganhar o teu lindo céu!

Quis conseguir teu sacro-santo espaço,

para poder viver somente a teu lado,

envolto: entre o teu beijo e teu abraço!

O crime? não hediondo e nem cruel,

apenas, quis: teu espaço e o teu mel!

Se ao te amar cometi: crime ou pecado,

se desviei e andei marginalizado,

confesso: assim agi, porque te amei,

me algemem se criminalizei?

mas, esclareçam: é crime ter paixão?

se for, prendam meu combalido coração,

me encarcerem em grades de ilusões,

me joguem na arena aos leões...

Peço apenas, na aplicação da pena,

complacência, e, ao me jogarem na arena,

coloquem: ela como meu carrasco! Leoa,

assim morrerei, justiçado e não á-toa!

Não me importo e feliz morrerei,

ao teu lado, na arena, no mesmo espaço,

em tuas garras, sorrindo, em teu abraço,

sabedor: que de todos sou o mais feliz,

resgatei: "o que fiz e o que mais quis"

usei do espaço, suguei teu mel, TE AMEI...