('DUDA-EDUARDA')
Eram tantos os segredos;
o Sítio fechava as portas.
...
Juras, beijos, abraços,
pedaços querendo ser vaso.
A cama, abrindo-se
para ver as cores;
A cor da pele,
a cor oculta do 'vaso de cetim'.
Fomos sequestrados
por um só delito, dividir o amor.
Parecia que o mundo lá fora
estava seco.
Éramos um rio, uma nascente
nova; as flores se abriram.
Pedro Matos