Paixão carnal

Branca textura, negras pupilas a se revelar.

O breu devorando a madrugada. Onde estamos?

Água. Chuva. Raios e mãos, derme crua provamos.

Bocas úmidas, destreza que conduz para dominar.

És lua nova que assalta a mesmice do puro grão.

Dragão mitológico trazendo o sorriso e o vulcão.

As notas melódicas são singelas, o aperto é firme!

Forças, viço e empenho nas costas, nuas e de pé.

Que código te decifra que lei te impõe à prisão?

O que te contenta? Velho na alma, no corpo não!

Qual olhar não visto e fala não dita pôde me expor?

E agora, quem tira seu gosto, sua pele, suas mãos?

Se for projeto de verão ou apenas devaneio proibido.

Não sei. E não importa. E não, isso não é paixão.

Não é apego, nem laços nem fitas. Mas sim, é emoção.

Sim, é a soma de cheiro, pegada e doce desejo!

*Desmedido égide.

Camila Cabral
Enviado por Camila Cabral em 09/12/2015
Código do texto: T5474767
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.