Orgiaco Diadema

Duas aves vi como o celeste paraíso

De olhares meigos e ígneos,solares,

Dos lumes a abater do sol os altares

E disse:Eu as amarei,se preciso!

Dupla cavala,romance dos luares,

Galope de chamas sobre meu granizo

Onde a redenção dos solitários altares

Da poesia, por quem clamo e cismo.

Não quero senão os quatro seios ledos

Feminis encantos, de mel procelas,

Os tolos chamem tredas as mil tabelas

Os sábios conhecem os tais segredos

Pelos quais os amantes reverberam

As patativas terrestres e seus esgares

Nautas a solta,ébrias dos mares

Que corações aos corações prendem.

Assim quis o poema encrustrado de diamantes

De vossa vagina,Golconda que não cessa

De enriquecer,com orgasmica promessa,

Versos de jubilo amoroso, nobres instantes,

De vossos seios a doçura,ígneos montes,

Carnaval mole e sutil que me endereça

Rimas de gratidão esculpidas com pressa

Na barca tesa dos idílios aliciantes.