licor de chamas

desvirtua a palavra do alvor da inocência

o carmim do crepúsculo.

desalinha-se

na brisa do ocaso

a mente

em guerra

dos poros borbulha

sangue ardente

na ânsia dos teus

eis que vibram

meus lábios

insinuações que a noite

premedita

como erguer uma prece angelical

diante da cor do altar de um céu em transição

se despindo acalorado

pra se vestir aveludado

de negro e dourado

pouso de um corvo

coberto de cetim

enluarado

parece tudo premeditado

um licor de chamas pra seduzir...

será inteira

a meia noite

em meio às estrelas

rendas

e meias de seda

quando teu querer

e minha ousadia

se despirem

inteiros...

meios

e meias

que me perdoem

que o crepúsculo é um terço

de fervor pontilhando

teu nome

mantra

alastrado de desejo

pra devoção suprema

de um beijo

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 02/09/2016
Código do texto: T5747842
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