Quatro linhas...

Desculpa-me, mas hoje me recuso
A ser apenas tua poeta,
Descrevendo-te como o muso
Romântico, galante  e apaixonado,
Que pulando de parágrafo em parágrafo,
Dedico mais um texto de minha lavra...
Esta noite, já deixei tudo preparado
E em teus versos mais picantes e ousados,
Meu lugar de tua diva e excelsa musa,
Já ficou estritamente reservado...
 A partir de agora,
Só aceito ter-te em meus braços,
Se deixares terminantemente declarado,
Seja em verso ou prosa, 
Cada um de nossos beijos acalorados,
De desejo infinito e corpos suados,
Tão explícitos à luz da lua...
Mas, não te preocupes que,
Para melhor te inspirares,
De tua escrivaninha
E totalmente nua,
Lançarei o mais ardente dos olhares,
Deixando livres minha boca, língua e lábios,
Para quaisquer eventualidade...
Então, meu doce poeta,
Agora que finalmente sou digna 
De exclusividade,
Deixarei que declames em meus ouvidos
Tuas mais deliciosas indecências
E obscenidades
E quando me deres uma única oportunidade, 
Mostrarei nas quatro linhas de tua cama,
Como se ama de verdade... 


 
Aliesh Santos
Enviado por Aliesh Santos em 04/11/2016
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