Ronda Carnal

O infinito cortejo das paixões humanas

Devaneia na alcova orgias insanas

Escorrem rios de orgasmos ao histórico mar

Sob o gélido e exaustivo consentimento do luar.

Perde-se o touro pela cavala insolente

A beleza afaga e fustiga o beijo ardente

O ideal sangra ao ser deflorado pela realidade

No momento do gozo há tão escassa verdade.

A moral conduta, por quem morre nosso zelo,

Sucumbe oca ante o deslize do atropelo

O tesão abate as norma se reboa o lance

Vagina aguada espera o falo em desenlace

Romance?Onde a asaltada floração do desejo?

Quanto há de vadio ou de puro no beijo?

A hora pantera ronda tesos orgasmos loucos

Não ter orgias é ter os instantes rotos.

Voa a namorada em traições de garras

Aduncas,e mesmo a pura odeia amarras

Pastoreia o soldado rebanhos de bundas

E as musas anseiam penetrações fecundas.

Toda amada encerra no âmago a traidora

A hora é uma imensa arca sedutora

Promete curvas,falos,presentes, poderes,

Oh imoderada ambição-parca é a ração dos seres

Voa a bela em fio dental,câmera acesa

Fotografa a lua presente,subversiva indefesa,

A prostituta amarga ronda horas de Lacio

E o idealismo de amar sonha excelso palácio.

Chamejante rosa, da traição pantera,

Deflora meu falo de flor,oh cadela,

Exaltemos o desejo da tora e da caverna

E a paixão graciosa,ancestral-que atropela!!