Payada da Indepêndencia

Rio Grande de pátria e nativismo,

Seguindo os preceitos do civismo,

E que a bandeira sobe ao mastro,

Num gesto de amor ao chão,

Na mais pura demonstração,

Que segue o rumo no rastro,

Duma raça forte e varonil,

Que tem sangue na veia,

Se for preciso pelear peleia,

E se abraça no fuzil.

Por estes campos e serra,

Pra defender sua terra,

Este querido Brasil.

E o patriotismo se aflora,

E marcha firme na cadência,

Pra comemorar a Independência,

Que se alarga campo afora.

E o gaúcho se prepara com afinco,

Com seu pingo, de laço nos tentos,

E vai recordando os momentos,

Deste Rio Grande de trinta e cinco.

Onde a lança e a garrucha,

Percorreram as nossas coxilhas,

Na epopéia dos farroupilhas,

Defendendo a terra gaúcha.

E o sangue da nossa gente,

Marcou página na história,

Lutas, tropeços e vitória,

Desta raça heróica e valente,

Que sempre agüentou o repucho,

Pois índio de queixo duro,

Não fica em cima do muro,

E mostra o valor do gaúcho.

José Antunes da Silva Sobrinho
Enviado por José Antunes da Silva Sobrinho em 07/09/2008
Reeditado em 07/09/2008
Código do texto: T1166067