CHEIRO DE FEIJÃO

Na varanda uma flor

Desfolha-se aos poucos...

Num repente, vem o vendaval

Das lembranças, da saudade,

Daquele tempo em que tudo parou.

O dia não escondeu sua inquietude.

Saltando vibrantes estão os pingos...

Que vagueiam e deslizam

Nas calçadas mal traçadas irregulares.

As lajes estão pintadas da cor de berinjelas maduras.

Um sabor de feijão feito

No fogão à lenha

Desce pela rua e inunda a imaginação:

Hoje vamos ter visitas.

8 de fevereiro de 2000.

Marcela de Baumont
Enviado por Marcela de Baumont em 04/05/2009
Código do texto: T1575335
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