CHEIRO DE FEIJÃO
Na varanda uma flor
Desfolha-se aos poucos...
Num repente, vem o vendaval
Das lembranças, da saudade,
Daquele tempo em que tudo parou.
O dia não escondeu sua inquietude.
Saltando vibrantes estão os pingos...
Que vagueiam e deslizam
Nas calçadas mal traçadas irregulares.
As lajes estão pintadas da cor de berinjelas maduras.
Um sabor de feijão feito
No fogão à lenha
Desce pela rua e inunda a imaginação:
Hoje vamos ter visitas.
8 de fevereiro de 2000.