Ortografia

É preciso escrever corretamente nosso passado servil

nas mãos de portugueses servimos de faca, cabo e martelo,

negrinho forte e viril.

Nas costas sempre um fardo, naquele mesmo tropel,

mas que triste sina menino, diz padre Manuel.

A poesia barroca começa a se despontar

no lombo de cada besteiro, quase sempre estrangeiro.

A sociedade faz amar, mas no apagar das luzes, apenas o tato a ficar

faz-se presente de vez, o Aleijadinho mineiro.

Gregório canta seus versos, mas não sabe esculpir,

critica tudo que é hipocrisia, da sociedade se ria,

ironia por ironia fazia o povo sentir.

A brevidade da vida em pura analogia ao carnaval da partida.

É bom saber escrever, pra não ser servo do dia,

a noite poder recolher os sonhos do envelhecer

e se tirarem de seu chão cada fatia,

terá ainda contigo o valoroso saber.

Lucas de Arcanjo
Enviado por Lucas de Arcanjo em 22/07/2011
Código do texto: T3112274